Louvor

 
 Muitos assuntos do cristianismo causam polêmica mesmo entre os cristãos, um deles é o louvor. Enquanto vemos surgir novos ídolos do mundo gospel, seja nas igrejas ou na TV, conseguimos notar as diferenças entre louvor em universal, devocional e comercial.

Louvor universal

O louvor universal é a manifestação mais poderosa do infinito poder criador de Deus que está impregnado em toda a criação. Não há como louvar à Deus por si mesmo, senão do que se recebe gratuitamente dEle!
Todo o Universo, das minúsculas partículas que compõe tudo o que conhecemos e o que nem imaginamos, passando pelos mais complexos seres vivos animados e inanimados (terrenos e celestiais) até os gigantes astros e estrelas, todos, sem exceção, rendem louvor à Deus por existirem [Salmos 148]. É um louvor lindo, muitas vezes silencioso e involuntário [Salmos 19:1-3], conseqüência do poder criador de Deus que é testificado em cada detalhe de sua criação.
Todos nós somos expressão de louvor à Deus, independente do que somos ou fazemos. Ele fez a humanidade, logo, todos somos louvor, de forma inconsciente.

Louvor devocional

Como cristãos sabemos que o louvor universal não é suficiente! Temos a necessidade devocional de nos apresentarmos diante de Deus em um culto racional [Romanos 12:1], adorando-O pela Sua santidade[note Salmos 29:2], seja em momentos de alegria ou tristeza [Tiago 5:13], seja na privação [Habacuque 3:17-18] ou até mesmo na prisão [Atos 16:25,26].
Nos aprofundamos no louvor de forma consciente por meio da música. Quando cantamos [Romanos 15:11] ou tocamos instrumentos [Salmos 150] ao Senhor não devemos ter outro motivo que não seja o de confessar o seu nome [Hebreus 13:15] e render graças [Apocalipse 5:11-13]. Adoração!

Louvor comercial

A música é, sem dúvidas, a forma de nos expressarmos que mais nos aproxima da subjetividade dos nossos sentimentos. Ouvir música é uma das maiores experiências humanas e poder criá-la é um privilégio inestimável. Quando manipulamos os sons criando ritmo, harmonia e melodia podemos nos sentir um pouco deuses que trazem à existência à partir do nada, e podemos nos sentir ainda mais poderosos quando conseguimos juntar palavras poeticamente organizadas em versos que retratam não apenas o que sinto, mas o que outras pessoas sentem.
Pessoas se emocionam, se motivam, se deprimem, se unem e se dividem por causa da música o que dá para os que a dominam influência suficiente para construir fama, fortuna e reputação de rei. Com direito a seguidores, ou melhor, fãs.
E aí, na minha humilde opinião, muita gente tem perdido a noção do louvor devocional. Há muito show, muita produção, muito fanatismo e pouca – ou nenhuma – espiritualidade.  De um lado há quem pague pela experiência, pelo momento, para pertencer a um grupo ou para ter história para contar, do outro há quem explore este mercado de desorientados espirituais e aproveita o rótulo de cristão para oferecer entretenimento com uma boa produção musical, um figurino legal e palavras agradáveis que muitas vezes desrespeitam verdades bíblicas e importantes fundamentos do cristianismo.

Conclusão?

Acredito sinceramente que muitos dos popstars evangélicos tenham iniciado com intenções diferentes das suas práticas atuais. Mas, o mesmo aconteceu com Lucifer, não? Também não acredito que haja algo errado em pagar para assistir à um show, só não me convenci de que seja correto chamar ministro de louvor quem se comporta como artista nem de que o que acontece no palco seja adoração quando mais parece apresentação.
No fim, fico com a opinião de um irmão: cada um avalie a si mesmo [Coríntios 11:28-31] e seja honesto quanto à sua motivação ao participar destes eventos.

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