OS DISCÍPULOS NA SEARA

Lucas 6: 1-5


            Certo dia de sábado, quando passavam com o Senhor Jesus pelas searas de Israel, os discípulos tiveram fome, e vendo espigas maduras, colheram algumas e as debulharam com as mãos, para come-las. Isso provocou o protesto imediato dos fariseus que os observavam, os quais disseram que aquela atitude dos discípulos de Jesus não era licita num dia de sábado.
            Para os fariseus, era mais importante e correto ver os discípulos morrerem de fome, do que apanharem espigas para comer e matar a fome num dia de sábado.
            Diante deste fato, podemos observar como o preconceito religioso e a distorção da Palavra de Deus são danosos ao homem. A alma humana sente algo semelhante à “fome”, e esta necessidade não pode ser atendida por qualquer coisa. A religião não tem como resolver este problema e esta necessidade do homem, pelo contrário, ela até piora sua situação.           
            A religião hoje em dia, tem se comportado como os fariseus daquele tempo, pois ela tem se constituído num obstáculo para que as pessoas saciem a fome de suas almas. Muitos estão passando por essa vida, famintos e necessitados, e a religião tem impedido que se alimentem daquilo que verdadeiramente satisfaz. Por causa dos preconceitos, dos dogmas, da tradição e da operação do engano no seu meio, a religião tem se constituído numa barreira para que as pessoas conheçam a verdadeira Palavra que alimenta. A religião não está preocupada com as reais necessidades do homem, mas ela se importa apenas com seus interesses materialistas, com suas liturgias e dogmas, que terminam levando aqueles que os seguem para a sepultura.
            Diante das críticas dos fariseus, o Senhor Jesus perguntou-lhes se eles não haviam lido sobre o que fez Davi quando teve fome, juntamente com seus homens, pois comeram os pães da proposição do tabernáculo, os quais não lhes era lícito comer, senão os sacerdotes.
            Depois Jesus lhes disse que Ele era o Senhor do sábado. A Obra do Espírito, a Revelação, a experiência vivida com o Senhor, estão muito acima de tudo que é da religião (sábado). A autoridade da Palavra Revelada está muito acima, e fala muito mais alto do que todos os dogmas humanos da religião.
            Aqueles pães sagrados, apontavam profeticamente para o Senhor Jesus, pois Ele é o Pão da Vida que alimenta todo o nosso ser, apesar de não sermos dignos dele. A Obra do Espírito tem superado todos os preconceitos religiosos, porque ela tem a Revelação e não está apegada à letra morta, como a religião. Assim como Davi alcançou a revelação e o entendimento do significado dos Pães da Proposição, a Obra também tem alcançado a revelação do Senhor Jesus, o Pão Vivo que desceu do céu para saciar a fome da nossa alma.
            A Revelação nos libertou da tradição religiosa em que vivíamos, de modo que o alimento, que é a Palavra Viva e Revelada, está ao alcance da nossa mão e podemos apanhá-la, debulhá-la (meditar, viver e experimentar a Palavra) e nos alimentar dela sempre que sentirmos “fome”. Quando nos alimentamos da Palavra, obtemos vida eterna.
            A religião e seus ensinos impedem que o homem alcance a vida eterna, ela mantém o homem faminto, prendendo-o debaixo do seu jugo, mas quando ele percebe a seriedade da sua situação e a sua necessidade, então ele larga todo o preconceito e a obra de engano da religião, e encontra o alimento, o pão da proposição, do qual não é digno, mas pela fé e por causa da misericórdia do Senhor, termina alcançando.

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