Quão formosos são teus pés...

QUÃO FORMOSOS SÃO TEUS PÉS...

Cantares 7: 1a


“Quão formosos são teus pés postos em sandálias, ó filha do príncipe...”


INTRODUÇÃO


No tempo do Velho Testamento era comum a presença de escravos e escravas (servos e servas) nas casas das pessoas abastadas. Os escravos viviam para seus senhores, e realizavam os mais diversos tipos de trabalho. Muitos deles eram comprados nos mercados de escravos e outros já nasciam nas casas dos seus senhores nestas condições.
Os escravos ou servos, na sua maioria, viviam com os pés descalços, e isso era um sinal da sua condição. Somente as pessoas livres andavam calçadas. A pessoa que andava com os pés calçados, tinha nisso um sinal de sua condição de pessoa livre.
Naquela época os calçados usados pelas pessoas geralmente eram sandálias simples, fabricadas manualmente com o couro de animais que eram sacrificados com essa finalidade.

DESENVOLVIMENTO


No versículo acima, a Palavra revela a satisfação do Senhor Deus, quando contempla os pés da igreja fiel... O Senhor expressa sua alegria através da observação da formosura (e não beleza exterior) dos pés da igreja fiel “postos em sandálias”. Ali, naqueles pés calçados, está o sinal da liberdade da igreja fiel. Aquelas sandálias que foram feitas para aqueles pés, indicam que alguém teve que pagar com a sua própria vida, para que elas estivessem ali, como sinal de liberdade, nos pés daquela que um dia foi uma escrava sofrida e maltratada por um senhor cruel e violento, que buscava a sua infelicidade e morte.
A satisfação de Deus está em ver as sandálias ali, pois elas revelam a morte do Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus, que deu sua preciosa vida para nos libertar do poder do pecado, do mundo e do inimigo, satisfazendo toda a justiça do Pai.
Antes de Jesus ser crucificado, todos nós vivíamos como escravos, descalços e sofrendo sob o domínio do pecado. Não sabíamos o que era liberdade, e achávamos que ser livres era servir ao pecado, às paixões e concupiscências da carne e do mundo. Nossos pés eram cheios de feridas causadas pelos espinhos e lutas desta vida, até que o Senhor Jesus veio e pagou o preço do nosso resgate. Na cruz Ele assumiu a nossa dívida e pela sua morte nos concedeu plena libertação da escravidão do pecado. Agora somos livres pela fé no nome de Jesus, de modo que a Palavra diz em Gálatas 5: 1: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão”. Aleluia!
Não vivemos mais descalços, pois com a morte do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, a Verdade nos foi revelada, calçando nossos pés na preparação do Evangelho da paz (Efésios 6: 15) e nos iluminando o caminho, para que não tropecemos mais.

CONCLUSÃO

Agora, seguindo neste Caminho Maravilhoso que é Jesus, temos um sinal na nossa vida, que é a sua presença em nós. Por isso o profeta Isaías diz: “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: o teu Deus reina!”.
A Obra que Jesus realizou por nós, nos deu a verdadeira liberdade (João 8: 36) e a condição de testemunhar para um mundo cheio de escravos descalços, que  Deus deseja libertar a todos de suas opressões, através da revelação do seu Filho amado, o Senhor Jesus, cuja vida foi sacrificada para nos dar liberdade e poder para caminhar na sua Palavra.
Quando Deus olha para a igreja, não a vê mais como uma escrava, mas como filha do Príncipe.

Comentários

  1. Não podemos afirmar que seja 100 por cento, mas é uma aproximação
    bastante favoravel a respeito da igreja com os pes calçados.
    Uma alegoria bastante compreensiva.
    Foi a melhor interpretação e bastante comovida.
    Meus parabéns.

    Francisco

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