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A vida de Cruz.

Como entender que um dia morremos e ressuscitamos com Cristo? A vida de morrer de Cristo não é como a morte dEle, que levou de uma vez por todas sobre si mesmo o pecado de todos, e essa dor, na imensidão desse sacrifício divino, ainda é algo muito elevado para nós. O nosso morrer não pode ser e não é uma vida de tristeza e pesar, mas um morrer contínuo que gera transformação lentamente, que também nos trás dor, sofrimento, lutas, momentos muitos difíceis, mas com a força da ressurreição, nos dá forças para prosseguir; vida para levantar e continuar a ter esperança e fé nesta caminhada de aceitar a cruz do Senhor;  senão, iremos realmente sofrer, pois neste caminho não tem mais volta. Deus caminha em nós ate aceitarmos o quanto é necessário não lutarmos contra esse morrer com Cristo para o crescimento da vida espiritual, da vida de ressurreição em nós, que também é constante, na medida, que aceitamos o trabalhar da cruz. Para quem não conhece a Cristo, não terá nunca a mínima noção do que é morrer com Cristo todos os dias. Pode parecer um caminho largo, mas não é! É um caminho muito estreito e apertado. É o caminho em direção ao calvário, só que em doses homeopáticas, pois jamais suportaríamos passar pelo que Jesus passou. De uma certa forma, para Deus, já morremos e já ressuscitamos com Cristo, e isso é uma realidade espiritual, pois fomos escolhidos, justificados, enxertados na videira, e assim, participantes da natureza divina. Mas na nossa vida diária, esse morrer ocorre constantemente, pois para seguir pelo caminho de vitoria e ressurreição de Cristo, precisamos negar todo dia o nosso eu e levá-lo sempre ate a cruz. E isso, só pela graça do Pai, e também por nossa aceitação e entrega espontânea nas mãos daquele que faz todas as coisas por nós. Por isso, Jesus bem disse, que quem quisesse segui-lo deveria negar a si mesmo e tomar a cruz durante toda a nossa peregrinação por esse mundo. Essa é sim uma luta ou batalha constante em nossas vidas. Não importa quantas vezes o velho homem se levante e queira tomar a direção, pois da mesma maneira que ele vem, deve voltar para seu lugar, pois ele não pode mais prevalecer. O lugar dele não é mais aqui, e o Espírito deverá sempre vencer esta batalha em nós, ate que ele diminua tanto e fique no seu devido lugar, para que Cristo cresça cada dia mais em nós, através da sua graça, bondade e misericórdias infindas. 
 – Daniel Prado Carneiro - 23.05.13  

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