Há um limite para a aflição
Porque não aflige, nem entristece de bom
grado os filhos dos homens. (Lm 3.33)
Das palavras
de nosso Senhor, aprendemos que há um limite para a aflição. O objetivo crucial
da aflição está limitado, não podendo ela ir além de um ponto específico.
Lázaro experimentou a morte; esta, porém, não foi o resultado final da aflição
de Lázaro. O Senhor declara às ondas de sofrimento: "Não ireis mais
adiante". Deus não envia a destruição, mas Ele realmente envia a instrução
para o seu povo. A sabedoria controla o termômetro da fornalha, regulando a
intensidade do fogo. O Deus da providência limita o tempo, a maneira, a
dimensão, a repetição e os efeitos de todas as nossas provações.
Cada resultado
santificador tem um propósito eterno. Nada, quer seja grande, quer seja
pequeno, escapa dos olhares atentos dAquele que conta os cabelos de nossa
cabeça. A limitação das aflições está sabiamente ajustada ao nosso vigor. A
aflição não vem por acaso — a força de cada golpe da vara é medida com
precisão. Aquele que não comete erros em balancear as nuvens e os céus não
comete qualquer erro em medir os ingredientes que compõem o remédio para nossa
alma.
Não podemos
sofrer em excesso ou ser aliviados tarde demais. O limite está amavelmente
estabelecido. O bisturi do Cirurgião celestial nunca corta mais profundo do que
o absolutamente necessário. Quando pensamos em como somos tão obstinados, é
admirável que não somos afligidos com provações piores. Aquele que fixou os
limites de nossa habitação também determinou os limites de nossa tribulação.
Nenhuma mãe é tão compassiva quanto nosso Deus gracioso; nenhum pai é mais
amável do que nosso Deus misericordioso.
C.H. Spurgeon
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