A suprema riqueza da sua graça
Hoje meditando na palavra, li que Deus ainda irá mostrar lá na frente, ou como falou Paulo em Ef.
2.1-10, “para mostrar nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça,
pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus". O texto fala que “a
misericórdia e amor de Deus, nos resgatou da morte e dos nossos delitos..., que
pela sua graça e salvação, nos vivificou e ressuscitou juntamente com Cristo, e
com ele nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus.” Não fala que ele
ainda irá fazer, mas que já fez e realizou todas essas maravilhas para conosco
e que já estamos assentados com Cristo nas regiões celestes. Ora, Cristo nos chama
para irmos após ele, pois somos seus filhos eleitos. Se olharmos só para a
terra não vemos esta realidade, pois temos que ser ainda aperfeiçoados na fé.
Assim como “a
fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não
se vêem”, Hb. 11.1, assim pela fé, devemos tomar posse aqui na terra, das riquezas
que já temos nos céus.
Esquecemos que a palavra não fala que só fomos ressuscitados,
mas que “fomos,
pois, sepultados com ele pelo batismo na morte...,Porque, se temos sido unidos
a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da
sua ressurreição. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele
viveremos”. Paulo fala que devemos ser participantes das aflições que restam de
Cristo – Cl 1.24. Ou seja, não podemos ser somente participantes da gloria,
pois para sermos participantes das consolações, temos que antes ser
participantes das aflições. II Co.1.7. Para Paulo, não havia mais nada aqui
para contemplar a não ser a Igreja de Cristo e cumprimento de seu ministério,
pois seus olhos, seu coração, sua vida, já estavam no reino de Deus, assentados
juntamente com Cristo. Ele também tinha uma visão profunda, corajosa e incoerente
aos olhos humanos, que quanto mais ele fosse despido de si mesmo, entregue
totalmente para Deus e desejoso de participar juntamente dos sofrimentos de
Cristo, não levando em conta o preço a ser pago, certamente numa proporção que alguns
ainda não podem ver, seria participante também pela fé de uma glória, consolo e
suprema riqueza da graça de Deus, na medida da sua entrega e consagração; pois
ele mesmo, nos declara e confirma em Rm.
8.16-18, sobre esta consolação e glória,... ”somos filhos
de Deus; e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de
Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos
glorificados. Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se
podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Assim como Ef.2, aqui também ele não está se
referindo a uma graça e salvação desfrutados no presente, mas de uma glória
ainda a ser revelada em nós.
Convém
então pela
fé, que continuemos nossa peregrinação neste mundo, olhando para o alto, nossa
pátria e cidade permanente. Que venceremos todos os obstáculos, acusações constantes,
injustiças, perseguições e perdas por amor a Cristo. Que caminharemos pelos
vales e montes, desertos e mares, mas alicerçados nas coisas que ainda não
vemos, mas que esperamos confiantemente. Que pela fé, aguardamos nas palavras
de Cristo: “Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir
a cada um segundo a sua obra.” Pela fé, aguardamos na justiça de Deus, como
disse Isaias [45.21-24], “que diante dele todo joelho se dobrará e toda língua
jurará”, como também está escrito em Fil.2.10-11.
Somos obra prima de Deus, feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras. Andemos pois como vivos dentre os
mortos, como que assentados com Cristo nas regiões celestes, mas ainda na
terra, andando com Deus, nas obras que ele já havia preparado, para andarmos nelas.
“De maneira que nós
mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa constância e
fé em todas as perseguições e aflições que suportais..., quando do céu se
manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, e tomar
vingança dos que..., não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus; os quais
sofrerão, como castigo, a perdição eterna..., quando naquele dia ele vier para
ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem
crido.”- 2Tes.2
Daniel Prado Carneiro. – 27.05.2012
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