A Mente
“Sonda-me, ó Deus, e
conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se há em
mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”. Salmos 139:23-24
Meus irmãos, nós não precisamos falar muito sobre o autor deste salmo que foi o rei
Davi, porque na verdade, todos os salmos de Davi, falam de uma necessidade da alma, porque essa necessidade era vivida por Davi. Essa necessidade era a relação dele com Deus; ele precisava
sentir isso e a sua vida, apesar das grandes lutas, dos grandes
embates, estava sempre voltado para o Senhor. O lugar que Davi tinha para
chorar as suas aflições, suas mágoas, era diante do Senhor. Ele era rei, ele
tinha poder sobre todas as coisas, ele tinha seus generais, valentes, mas ele
não dependia tanto do consolo e do conforto de seus valentes; ele não precisava
dos recursos materiais, mas ele tinha suas aflições. Ele chorava; e a sua
grande luta, na verdade, era a sua relação com Deus. Nos momentos do
afastamento do Espírito de Deus na sua vida (e ele sentia esse afastamento)
porque ele era um homem ligado às coisas de Deus.
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração...” Às vezes, nós nos esquecemos, trocamos as coisas de Deus por muitas de nossas vidas. Até mesmo os sacerdotes, profetas, servos do Senhor se esqueceram do Senhor. A vida espiritual, a caminhada espiritual do servo de Deus, não é uma caminhada simplesmente material e humana. A grande necessidade do homem é vista e sentida quando paramos e olhamos para dentro de nós e concluímos a grande necessidade espiritual. Se você parar e remover tudo em sua vida, tudo que está em sua volta, você diz uma única coisa: Se é que existe em sua vida uma conversão verdadeira; concluirá que toda a sua necessidade é espiritual.
Muitas
pessoas, e até grupos que foram rotulados de servos, ficaram na caminhada.
Deus deu a eles bens, prosperidade, deu-lhes tudo aquilo que qualquer pessoa
podia ter na vida; mas eles não souberam usar isto. Eles se esqueceram de que
Deus é o centro de sua vida, que um dia fizeram uma opção, especialmente
aqueles que conhecem essa obra. Eles fizeram uma opção, e nós, de maneira
nenhuma, podemos trocar os valores desta opção que foi feita por aquilo que é a
nossa vida no passado.
Quando o salmista fala aqui sobre
sua necessidade, ele está falando da necessidade que tem de vitórias sobre um
grande inimigo. Davi tinha muitos inimigos e
como nós também temos: inimigos que estão do lado de fora que
perturbam a nossa vida, eles são constantes e comuns e alguns até naturais,
como o trabalho, a competição, diversos compromissos que estão gravados em
nossa mente, de tal forma grudados que entram e não saem que, transformam a
salvação em um objeto, um elemento que se
tornou apenas parte da nossa vida como soma aos nossos interesses. Se eu me
interesso por um detalhe, por uma pessoa, por uma amizade, aquilo ficou somente
nisso. Se as outras pessoas não são da minha amizade, elas se tornam minhas
inimigas. Eu os vejo como inimigos. Eu fico pensando: “ele vai me trair agora.
Não, da próxima vez eu vou ser traído...” Então nós começamos a criar, dentro
de nós, da nossa mente, uma luta. As maiores
lutas do homem estão na sua mente. A mente é a sede dos grandes conflitos do
homem, e o interessante é que nesses conflitos, nós ficamos
pensando que eles vão atingir os outros e, na verdade, só atingem a nós mesmos.
Nós somos as vítimas. Nós nos tornamos vítimas
dos nossos próprios conflitos; e
é por isso que nós devemos lembrar de uma coisa: Jesus disse assim: “Vinde a
mim vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei e encontrareis
descanso para as vossas almas”.
Às vezes, nós não encontramos
descanso para a noite. Nós deitamos e não temos descanso porque a mente começa
a trabalhar: “O que vai ser amanhã, o trabalho, o serviço, eu vou ter que
enfrentar a luta; vou ter que enfrentar a prova; vou ter que enfrentar o
professor...” Então, são aquelas lutas. Por outro lado, são aquelas guerras de
família, de casa, aquelas coisas que ferem, há
sempre alguém para nos dizer aquela palavra fora de hora, para
nos acusar, para falar coisas que não poderíamos ter dito e são essas coisas
que nos ferem. E nós nos esquecemos de uma coisa, é de que quando nós fomos
salvos, nós fomos salvos para termos uma mente
firme no Senhor. Por isso, a nossa mente começa a balançar,
começa a perder a estrutura. Daí a um pouco nós estamos envolvidos em tudo que
está em volta. Isso
acontece com todas as pessoas. Todos nós estamos sujeitos a esses embates
destas lutas e somos reféns da mente.
Quando Deus nos chamou para essa
obra, Ele nos chama para nós conhecermos os
valores estabelecidos no projeto eterno e nós, paramos nos projetos terrenos,
que são os nossos projetos. Eu não estou dizendo aqui daquelas pessoas que
trabalham, daquelas pessoas que estão construindo os seus projetos materiais.
Não é isso. Nós estamos falando aqui do projeto de salvação que não tem nada a
ver com aquilo que você está produzindo com sua mente, com seu trabalho, com
seu vigor, com sua maneira de ser, nada disso absolutamente. Isso é até nobre. Nós estamos falando sobre as coisas que não deveriam estar
na nossa mente estão e nos destroem.
“...Prova-me e conhece os meus pensamentos..” Nós temos experiências. Nesta caminhada de obra nós conhecemos pessoas que foram muito fiéis em muitas coisas do Senhor. Pessoas que construíram e que ajudaram a construir essa grande Obra, e muitos ficaram na caminhada. Mas nós não sabíamos onde estava o problema. Então, daí a um pouco, o tempo mostrou onde estava o problema: na mentira, no ódio, na tristeza, na decepção... Nós não podemos ter isso, não podemos gastar tempo nessas coisas delicadas porque nós gostamos dela. Há coisas em nossa mente que nós guardamos com muito carinho que é o ódio, a vingança no coração. Quando nós pensamos em tirar isso do coração é um sofrimento. O Senhor fala que quando Israel, na luta pela terra, quando Judá foi possuir uma determinada área, o Senhor limpou, tirou os inimigos dali, da montanha, mas ficaram os carros ferrados.
Nós
recebemos uma libertação. Deus vem, nos abençoa e é o momento de salvação.
Muitas coisas saem da nossa mente. “Estou
livre, estou liberto, mas os carros ferrados ficam”. Aquilo que nós não queremos tirar. Uma coisa o Senhor fez, afastou os inimigos, mas nós deixamos
os carros ferrados. Aquelas coisas que
estão lá dentro, no nosso interior e está no lugar mais precioso da criação do
homem que é a mente. É na mente que a grande riqueza do homem se forma. São os
nossos pensamentos: é a tristeza, é o engano; são os pensamentos obsessivos que
a gente fala assim: “eu acho que fulano não gosta de mim”. Às vezes, nunca
conversou com aquela pessoa: “Não falou comigo”. Aí não dorme aquela noite
porque a pessoa não falou aquela noite. Eu não vou falar aqui sobre o
casamento, porque o casamento tem algumas coisas estranhas. “Hoje estamos
fazendo bodas de ouro, mas eu me lembro do primeiro dia em que fulano me tratou
mal, fez cara feia...”. Então veja só, as pessoas tem “chulé” na mente. Elas
guardam até o mau cheiro das coisas, são como carros ferrados, é como coceira e
tem gente que gosta de coçar. A mente é assim. Ela envasilha o mal, ela dá
contorno ao mal e ela emoldura o mal. Para você entrar ali tem que tirar a
moldura tem que virar de cabeça para baixo e meter muita “solda caustica”.
“...Vê se há em mim algum caminho mau...”
O salmista fala: “sonda-me ó Deus”. Nós não podemos
entender hoje que esta Obra vai caminhar deste jeito. Deste jeito que nós
estamos pensando. Entramos, sentamos, saímos, pregador pregou, acabou... Não,
não vai ser assim. Nós entramos num momento em
que a mente deve ser trabalhada pelo Senhor. Nós já temos todos
os recursos para vencer. O que me adianta estar pensando numa palavra
agressiva, pensando a noite toda sobre uma palavra de uma pessoa agressiva? Eu
tenho que guardar aquilo por causa de quê?
A
palavra que nós temos hoje é a seguinte: é a mente firme no Senhor. É a limpeza
da mente. Se você começar a fazer essa limpeza todo dia na sua
vida, você vai mudar. Lute contra a sua mente,
derrube esse gigante que às
vezes investe inveja, maledicência, maldade. Nós não podemos entender, por
exemplo, que um pastor não goste de uma ovelha por pior que ela seja, que ele
crie um obstáculo para aquela ovelha, que ele se envergonhe, que ele se
confronte, em hipótese alguma, por traz da mente. Quando as pessoas agem assim
é porque há um defeito na mente. A mente está doente. Eu estou falando isso e
parece que estou falando novidade. Não é uma novidade isso, mas é uma abordagem
que nós devemos levar em
conta. Hoje o Senhor me trouxe, me convocou para dar essa
palavra aqui e todas as aberturas daqui para frente serão sobre essa palavra. Ou nós mudamos a mente todo dia e firmamos a mente no Senhor
ou nós vamos ser derrotados. A obra não vai ser
derrotada, nós é que vamos ser derrotados, porque nós vamos nos
permitir nas coisas que estão em volta. É o envolvimento. É natural. Você saiu
aqui e o carro bateu ali, foi ali, uma pessoa o tratou mal; você foi deitar e
uma notícia ruim, é a família, são os filhos... Não é que você vai sublimar
tudo. As coisas têm que ser levadas em conta, dar solução às coisas que você
tem que dar, mas tem que descansar no Senhor. Eu contei no Domingo passado uma
experiência de uma cliente minha, e aí nós estávamos conversando e ela disse:
“o senhor não sabe das minhas grandes lutas, dos meus grandes sofrimentos.
Perdi minha mãe, perdi meu pai, meu esposo, perdi meu filho mais velho e depois
perdi meu filho mais novo. Eu me sentia a pessoa mais infeliz do mundo. E houve
um dia em que eu disse assim: Senhor, eu não posso mais conviver com isso. Ou
eu vou morrer ou o Senhor vai me libertar, e naquele dia o Senhor me deu uma
benção em que eu nunca mais esqueci, nunca mais chorei; não é que eu não tenha
saudades deles, pois eu tenho, mas eu recebi uma libertação na minha mente. Uma
libertação que eu não sabia se eu teria essa libertação. Eu não sei se eu
conseguiria de mim mesmo, nem ela se libertar”. Mas nós temos o recurso que é o
clamor pelo sangue de Jesus; e clamar pelo sangue de Jesus não é dizer: fica
ali, vai para cá, vai para lá... Não, o clamor
pelo sangue de Jesus é a nossa entrega, é a nossa entrega da mente ao Senhor”.
Às vezes, a gente gosta de uma
música, ouve uma música, e a música vem e faz uma impregnação na nossa mente, e
é até uma música que desagrada ao Senhor, porque a mente não está firme no
Senhor. Então a coisa vem. Fulano de tal, coloca uma coisa na sua cabeça. Mas
para entender, eu não preciso odiar meu irmão, eu não preciso ter restrições a
pessoas, eu não preciso ter inveja, de ter ciúmes... Eu não preciso ter isso
para viver. Eu preciso ter uma mente firme no Senhor, e nós precisamos entender
uma coisa: o homem que Deus chama para esta Obra, ele chama para viver e
conhecer valores estabelecidos no projeto eterno da salvação. Este projeto de
salvação conflita freqüentemente com o ensino e a prática do projeto da vida
terrena. O projeto de salvação entra em conflito
com tudo o que é terreno. Algumas coisas nós podemos excluir,
outras nós não podemos, especialmente aquelas que estão impregnadas na nossa
mente. Os anos se passaram, 30 anos e ele diz: Eu bem lhe disse. Então,
passaram 30 anos pensando numa coisa que não adiantou nada. Se nós parássemos
agora e começássemos a ver, e hoje é isso que o Senhor quer de nós, quanto lixo
tem na nossa cabeça, nós iríamos ver que não vale a pena carregar essa lixeira
na cabeça, que é um peso muito grande, é algo que está nos adoecendo, os irmãos
estão ficando doentes. Há pessoas que morrem antes do tempo, porque, às vezes,
a mente fica tão carregada, tão cheia de coisas que nós pensamos que não vamos
suportar. Agora, fazer força para tirar da mente ninguém consegue. Somente uma operação do Espírito Santo e se não for do Espírito Santo, é uma luta que você
está travando de forma desigual. Nós dizemos: “Senhor carrega o nosso fardo”, mas não existe fardo pior do que a nossa mente.
Hoje é possível que o Senhor dê uma libertação em muitas coisas aqui, mas os
carros ferrados, alguns vão ficar ainda. E o vício? O vício é o pensamento vicioso da doença da mente.
No tempo de Sodoma e Gomorra, foi atingida a carne e hoje está sendo atingida a
mente. A operação do adversário é em cima da mente porque é a coisa mais nobre
do homem, que é a sede de todos os conflitos. Você só é vitorioso quando a sua
mente está nas mãos do Senhor. Não é uma tarefa fácil. Nós sabemos que nós
vamos lutar muito com isso. Nós vamos lutar por muito tempo porque é aquilo que
nós herdamos de nossos pais.
A mente, quando ela começa a
trabalhar nas coisas do Senhor, o problema vira para os outros, o problema se
converte, você se liberta e uma mente livre é sede da grande operação do poder
de Deus. Nós hoje temos homens e mulheres com
dons espirituais, mas eles ficam limitados. Os dons espirituais ficam
limitados. Os dons ficam somente na calota craniana. Para baixo,
nada. O cérebro fica todo ali. Sabe por que? Porque o resto está sujo. O dom
que deveria ser usado em projeto de cura, maravilhas, fica aqui, não entra. Nós
temos que entender uma coisa: o Senhor nos chamou foi para uma obra e não para
uma religião. Como religião, não tem nenhuma pior do que a nossa, porque aqui a
carne não pode funcionar. Na religião, a carne tem todos os valores e aqui,
não. Então como religião, essa aqui é a pior que existe, porque não tem lugar
para a carne.
Conquistar
o reino é descobrir os segredos de Deus. Para as lutas deste momento, libertar
a mente daquilo que está escravizando-a. Às vezes nós ficamos
escravos por uma coisa de nada. Uma bobeira entra na nossa mente, ficam uns 50,
60 anos e só sai quando nós morremos. Será que vai continuar sendo assim? Você
tem vergonha de dizer que mentiu e carrega aquilo. Carrega o lixo da vida, da
mente. Eu acho que não preciso falar mais nada porque cada um sabe de suas
necessidades, mas a nossa preocupação é mudar a mente para uma mentalidade de
Obra a partir de todos nós, sem exceção. Aqui não existe ninguém que nunca
sofreu as agressões da mente, aqui não tem “santinho” não. O Senhor quer isso
como norma para a Obra.
“...E guia-me pelo caminho eterno.”
O salmista dizia: “sonda-me ó
Deus”. Quando nós clamamos pelo sangue de Jesus, o Espírito Santo deve ter
lugar para sondar.
Quando os irmãos começarem a ver a
operação da mente liberta, os irmãos vão começar a entender o processo da
salvação (que é o caminho eterno), como ele se renova na nossa vida. Nós, às
vezes, ficamos impregnados de teorias, posições, de serviços que prestamos, de
ocupações, de coisas que fazemos até para o Senhor, de oração, de leitura de
Bíblia, de mensagens e está tudo certo! Mas o que
Deus quer para nós é a mente firme nele, a mente firme no Senhor e isso é
fundamental.
Quando alguma coisa vem e ela vem
só para te prejudicar. O pensamento ele não
prejudica a outra pessoa, o ato prejudica, aquilo que você executa depois do
pensamento prejudica o outro, mas você é o mais prejudicado porque você se
destrói a si mesmo. A tristeza, a aflição, a angústia... O mundo
está cheio disto e nós não podemos viver assim. Temos os nossos pertences,
aquilo que é nosso, que nós herdamos e a culpa nós colocamos nos nossos pais,
mas a culpa é nossa mesmo porque nós é que somos pais. Nós temos que pedir a
Deus, e hoje nós vamos dar início a uma nova fase nesta Obra com uma
preocupação fundamental: pensamentos. Como é difícil tirar a preocupação.
“Amanhã, depois de amanhã, o ano que vem, daqui a 10 anos, como será o governo
do ano que vem?” Mas meus irmãos, nós temos que vencer: são os inimigos que
estão em volta. A
mente tem que estar firme no Senhor. A mente tem que está liberta.
O salmista diz assim: “sonda-me ó Deus”. Às vezes nós fazemos
coisas, o pensamento envasilha o mal e nós pensamos que está certo, mas o Senhor
vem e nos mostra. Quando nós abrimos a Palavra, quando nós consultamos sobre a
vida dos outros o Senhor vem e nos mostra o nosso pecado. Quem quiser, pode
consultar sobre a vida dos outros, mas saiba de uma coisa: o Senhor vai mostrar
o seu pecado para você acertar a sua vida. O
Senhor está disposto a libertar a sua mente. Nós temos o clamor pelo sangue de
Jesus, nós temos a mente firme no Senhor. Toda vez nós temos que lembrar: a mente firme no Senhor. Hoje é
um dia de libertação aqui para todos nós porque o Senhor é onisciente, ele
conhece a nossa mente. Um coração livre das coisas desse mundo é um coração
liberto para ser usado nas coisas do Senhor, nos dons espirituais. O Espírito
Santo está aqui para libertar, mas nós não
podemos deixar os carros ferrados na nossa mente porque sabemos qual será o
fim? Você sai da obra, começa a falar mal da obra, de todo mundo
e perde tudo. Por isso, nós vamos deixar o Espírito Santo operar nas nossas
mentes.
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