COMO O VENTO DE DEUS

“Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo.” - Sl. 131:1-2
Quanto mais nossa vida está em Deus, então o Espírito usa nossa mente, fazendo-nos enxergar em tudo, o poder e a soberania de Deus, com prazer e alegria. Isso é o seu querer e efetuar em nós. É o Espírito agindo e intercedendo por nós, para que sejamos levados como uma ave plainando na imensidão do céu, para onde Ele quer e não nós. Então viver não é mais prioridade nada fora de nós, em fazer tantas coisas que nós dá a sensação que estamos fora do sincronismo e tempo de Deus, mas voltados para dentro, pela atração que nos constrange para o altar do coração, onde não existe mais norte e sul, mas alegria e descanso, no vento do Espírito, nas alturas de Deus.

Daniel Prado Carneiro - 02.10.12
Complementando o texto acima com um texto que recebi por E-mail vejo a direção do Espírito Santo agindo e é incrível como os textos se encaixam.
O Salmista aconselha os israelitas a confiarem no Senhor e a não dependerem de si mesmos. Só então o povo de Deus experimentará serenidade, segurança e contentamento.
O desespero nos faz sentir isolados e distantes do Senhor, mas é justamente neste momento que mais precisamos d’Ele. O Salmista fala que fez calar e sossegar a sua alma e o sentido da suas palavras é relacionado ao domínio sobre a angustia, desespero e aflição. Ele se voltou ao Senhor, lembrou-se das promessas de Deus, e forçou-se a descansar no Senhor.
Nos dias atuais uma grande parte da população que freqüenta nossas igrejas também tem feito calar e sossegar a sua alma. Mas de uma forma deturpada. Explico. O sentido do texto bíblico é com relação à fé. O Salmista não estava permitindo que sua incredulidade fosse maior que sua fé. Estava a reprimir o seu orgulho e sua ganância. Não se sentia confortável com aquela situação, tal e qual uma criança cuja mãe, para forçá-lo a se alimentar de acordo com sua idade, não o deixava pegar no peito.
Bom, esse é o sentido bíblico. Contudo, o que tenho visto nos dias atuais, nas diversas igrejas de Cristo, são pessoas que estão lá para apenas fazer calar a própria alma. Uma forma de auto-justificação. Para poderem dizer algo mais ou menos parecido com:
- Não sou uma pessoa ruim. Pelo menos, não tão ruim. Vou à igreja, dou meus dízimos e minhas ofertas, participo da programação e ajudo no que posso. Eu mereço ir para o céu!
Essas pessoas não têm compromisso com a obra de Deus, com a evangelização, ou com o desejo ou a vontade de Deus. Essas pessoas não têm uma comunhão viva e eficaz com Deus, com o Espírito de Deus. Elas não tem comprometimento nenhum. Mais: têm uma vida de pecados ocultos. Não raro (infelizmente) vemos algumas pessoas que são desmascaradas de forma escandalosa, causando comoção no seio da igreja. E um grande prejuízo para a imagem da Igreja.  
"Por que estou falando estas coisas?" pode ser a tua pergunta. "Qual a intenção desse rapaz?" pode ser outra pergunta. A minha preocupação é justamente com essas pessoas. Meu dever como atalaia é avisar tais pessoas (amadas, apesar de tudo) para que se arrependam de onde caíram e voltem às primeiras obras (Apo. 2:5). Não sou eu que vou julgá-las, mas a palavra de Deus (Jo. 12:48). E elas não estão salvas. Elas não irão para a glória. Não participarão das bodas do Cordeiro. Não estão prontas para morrer e se encontrar com Deus. Serão colocadas à esquerda de Jesus e lançadas no lago que arde em fogo e enxofre (Apo. 21:8).  
Qual a razão do amado estar freqüentando uma igreja? A gravidade da resposta revela a gravidade da pergunta.  

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