A TORRE DE SILOÉ


Lucas 13: 1-5 ”Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrificios que os mesmos realizavam. Ele, porem, lhes disse: Pensais que esses galileos eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo, se, porem, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoitos sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas,, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.


            A Torre de Siloé provavelmente era a Torre de Ofel, situada no bairro de mesmo nome, onde também estava o Tanque de Siloé. Esta torre havia desabado sobre dezoito galileus, os quais morreram. A Palavra faz referência a Pilatos – governador da Judéia, como que responsabilizando-o, de alguma forma, pelo acidente com os galileus, cujo sangue foi misturado com o dos seus sacrifícios.
            Os galileus habitavam o norte de Israel – a Galiléia, numa região predominantemente habitada também por gentios, e a opinião de muitos é que eles haviam sofrido a sua influência.
            Havia um comentário, na ocasião em que o Senhor Jesus estava presente, que o acidente que vitimara aqueles dezoito galileus, foi em consequência dos seus muitos pecados cometidos em vida, e que tudo foi um juízo, isto é, um pagamento pela forma como viveram. Falando assim, aqueles comentaristas estavam se julgando melhores e mais justos do que os galileus mortos, simplesmente pelo fato de não haverem sido eles as vítimas.
            Muitos hoje em dia, admitem e adotam o mesmo pensamento. Quando vêem um fato assombroso acontecendo com alguém, logo dizem que aquilo tinha que acontecer, pois as pessoas envolvidas mereceram aquilo de alguma forma. Quando algumas dessas pessoas encontram um paralítico, por exemplo, ou uma pessoa sofrendo algum infortúnio, afirmam que ela está hoje nesta situação porque em “vidas anteriores” foi má ou injusta, e agora está pagando por seu “passado”. Em todos os casos, a pessoa sempre se exclui, achando que tudo está bem com ela e nunca nada de mal vai lhe acontecer.
            O Senhor Jesus advertiu seriamente aqueles homens, chamando sua atenção para o fato diametralmente oposto ao que pensavam, de que todo pecado que o homem cometer será julgado mais cedo ou mais tarde, e que se alguém até agora não sofreu o que muitos sofreram ou estão sofrendo, não significa que o tal seja melhor que os outros. Se alguém pereceu no seu pecado, o outro de igual modo, mais cedo ou mais tarde também perecerá, se não se arrepender antes.
            A verdade é que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Tudo que o homem tem sofrido, é consequência dos seus pecados e a única maneira de escapar das consequências, é através do arrependimento e da conversão ao Senhor Jesus Cristo.
            Todos pecaram e receberão o mesmo juízo se não tratarem de obter o perdão antes. Aquele que crê em Jesus não entrará em juízo, pois Jesus já foi julgado em seu lugar, fazendo-se pecador por ele e tomando sobre si o juízo da morte. Precisamos tomar sobre nós, pela fé, a morte de Jesus e morrer também para o pecado, a fim de alcançarmos a justificação e a vida eterna (Rom 6: 7). Se rejeitarmos a oferta de Deus e a advertência de Jesus, todos de igual modo pereceremos, e o perecer significa falência total e morte eterna (espiritual), não importando a maneira da morte física.
             O juízo é um só para todos os pecadores, e só o arrependimento e a mudança de vida, pela fé em Jesus, podem justificá-lo diante de Deus e livrá-lo da morte eterna.   
           

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